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Aylan e a cigana
Há dois anos, escrevi no Facebook sobre os ciganos expulsos da França. Inesperadamente para mim, a publicação teve então muitos compartilhamentos. Fui procurá-la agora, porque a temática de fundo é a mesma que levou ao trágico destino de Aylan.
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Dante, Gramsci, Bobbio, Levi
Deixai toda esperança, vós que entrais. Às vezes penso que a advertência de Dante a quem entra no mundo dos mortos deveria vir antes, quando se entra no mundo dos vivos. Ter esperança é como ter fé, e a dúvida é um tormento constante de quem se ocupa a dar um sentido à vida: se…
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Cotas
Cotas. Esta é uma palavra que provoca urticárias: vem do léxico bolivariano, onde estão incluídas todas aquelas coisas populistas que cheiram a pobreza. Na origem, cota tinha outros sentidos: se olho no Houaiss, a primeira acepção que aparece é a neutra “quantia, parcela determinada de um todo” e a segunda é a não tão neutra…
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Falas naftalínico?
Descobri mais uma. Desculpem a ignorância, mas não conhecia. Incrível ter sobrevivido tantos anos no mundo do Direito sem ter ouvido falar em cártula chéquica. Geralmente me viro. Sei que tudo começa com a exordial, também chamada de incoativa. Depois disso, só vai: escopo, acostar, vergastado, supedâneo, louvado, perfunctório, e por aí vai.
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Se lembro, não pode
Deixa eu ver se lembro. Os sistemas de governo se dividem fundamentalmente entre presidencialistas e parlamentaristas. No presidencialismo, a chefia do Estado e a chefia do Governo são concentrados na mão do presidente; no parlamentarismo, só a chefia do Estado cabe ao presidente (ou monarca), enquanto a chefia do Governo cabe ao primeiro-ministro, escolhido pelo…
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O depois quando ainda era antes
Acontece mil vezes na nossa vida. Fazemos uma coisa, depois nos arrependemos. Geralmente são coisas simples, como comprar uma roupa e nunca usar, às vezes são maiores, raramente são comprometedoras, como quando a pessoa escolhe a profissão errada ou se arrepende do casamento; mesmo assim costumam ter conserto. Sem conserto mesmo são aquelas que deixam…
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Oligarquia podre
Foi Jimmy Carter quem disse. Em entrevista a Thom Hartmann, apresentador de rádio e televisão dos Estados Unidos, Carter disse o óbvio: nos Estados Unidos ocorre um suborno politico ilimitado, diretamente relacionado à possibilidade de contribuições eleitorais igualmente ilimitadas por grandes corporações. A eleição dos candidatos com campanhas milionárias, financiadas por grandes empresas que depois…
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A crítica da crítica
Se ontem usei minha lógica de araque para me posicionar contra a redução da maioridade penal, hoje usarei minha vulgar dialética para fazer a crítica da crítica da Lava Jato. Desde logo esclareço que não vou discutir se Moro é a favor ou contra o Governo, se ele está de boa ou má-fé. Também não…
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Tem a ver
Sabe aquelas coisas que são totalmente óbvias pra ti, de modo que as dizes sem mesmo pensar muito, chega o gaiato e pergunta “o que uma coisa tem a ver com outra?” É terrível quando isso acontece: aquela relação causa-efeito contida de modo implícito no teu pensamento, que saiu ao natural e sobre a qual…
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Notícias de Viamão
O noticiário da segunda-feira traz dois fatos que bem ilustram a permanente luta pela civilização, em que ora se avança, ora se retrocedem alguns passos. Primeira notícia. De vez em quando ouvimos que isso acontece em outros lugares do Brasil, e ainda recentemente alcançou repercussão nacional, pelo espancamento e morte, amarrado a um poste, de…
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Liberdade
O Jornal do Almoço de sábado trouxe uma matéria sobre a Banda Liberdade, integrada por adolescentes infratores de Passo Fundo, numa iniciativa do juiz Dalmir Franklin Oliveira Júnior e do professor Marcelo Pimentel (certamente há outros participantes, mas foi destes que a matéria falou). Não conheço de perto a iniciativa, não sei de seus resultados,…
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Ingenuidade
Se ontem me confessei conservador, hoje confesso que sempre fui ingênuo. Sou desses que acreditam (ou, já que o tempo deve servir para alguma coisa, talvez deva usar o verbo no pretérito) em promessas e em ajustes. Às vezes quebro(ei) a cara, por ter feito negócio baseado só no acerto verbal e já quebrei muito…
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A doutrina do escracho
Confesso, estou ficando velho. Claro, dirás, falta pouco para pegares ônibus de graça e pagares meia no cinema. Mas não é disso que falo. Talvez esse processo de comemorar aniversários demais tenha me trazido uma certa dose de mau humor, ou mesmo me tornado conservador, como sói acontecer a quem envelhece. Ou, o que é…
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O gesto
Os nacionalismos são produto da formação do Estado Nacional e sempre foram úteis como pretexto para encobrir realidades que não podiam ser reveladas. A guerra moderna raras vezes deixou de ser justificada pelo argumento da nacionalidade: se é verdade que a primeira vítima da guerra é a verdade, a mais comum das mentiras que a…
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Quem faz a pauta?
No último final de semana voltou à pauta o tema do impeachment. Não parece nada sério; ao menos aos meus olhos caiu como um factoide criado para acossar ainda mais um governo já combalido, que não consegue ter iniciativa para sair do isolamento em que se meteu. Mesmo assim, teve força para mobilizar grande número…
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O bispo
Doutor, o bispo quer lhe ver. Não incomoda, Sandra. Mas é verdade, doutor, é o bispo. Era verdade: o bispo de Santa Maria estava em Cacequi, em viagem pastoral, e queria visitar o juiz. Confirmada a notícia, tive o sentimento de que seria bem mais do que uma visita protocolar, porque teria a oportunidade de…
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Concordo e discordo
Tomei um tempo e fui olhar os comentários ao texto do último domingo, no qual critiquei meu amigo que compartilhou a foto da criança negra famélica. Quando se entra numa polêmica, sempre haverá os prós e o contras, os que concordam e os que discordam, e nesse caso não seria diferente. Aliás, a tendência era…
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Foi bom pra ti?
Querem saber? Eu preferia ter escolhido outro momento para botar no meu perfil as cores do arco-íris. De fato, não me agrada comemorar desse modo uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, nem me agrada fazê-lo com a colaboração imprescindível do Facebook. De fato, houve outros momentos que, para nós, brasileiros, eram mais adequados…
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Sim, acho que és
Querido amigo: Li ontem a mensagem que compartilhaste e pensei muito nela. Fui dormir pensando e acordei achando que tinha de responder. Na verdade, queria responder para a moça que a escreveu, mas não a conheço e não teria intimidade para lhe dizer as coisas que posso dizer pra ti. A mensagem foi compartilhada por…
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Charada ética futurista
Imagine-se o leitor em algum lugar do futuro. Não semana que vem, não ano que vem, mas em tempo suficientemente próximo para que sirva de testemunha – se preferir, protagonista, provavelmente vítima – dos fatos que serão relatados. O grande, inesperado e trágico evento surpreende o mundo. Não que devesse surpreendê-lo, porque nesse tempo que…
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O amigo do pai
Os pais de Luísa e Lucas se separaram: a mãe ficou morando com os filhos; o pai saiu de casa e foi morar com um amigo. Faz seis meses que Luísa e Lucas vão à casa do pai nos finais de semana. Lá é muito divertido: o amigo é engraçado e os quatro fazem muitas…
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A falta que faz um intelectual conservador
Mas esse cara é meio comunista, foi o comentário de um leitor fortuito, quando leu Nós, classe média, e o outro. Outro leitor comentou, num compartilhamento de O ódio é de direita: dependendo do lado em que estamos é paixão e o outro lado é ódio? O certo é que existem lados. E é bom…
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Números
A rebelião do criador contra a criatura (ou contra a máquina que a controla): resolvi não me conformar com a lista de postagens mais lidas, que há tempo descobri ser fajuta. Aliás, quem aportar por este blog e olhar a lista, concluirá que estou em franca decadência, porque os textos mais lidos são de março,…
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Essa droga de ironia
Ironia é bom. Mas pode ser ruim. Quer dizer: oferece riscos. Você já imaginou um mundo sem ironia, que chato? Pois, embora algumas pessoas me achem sisudo, eu gosto de usar. Claro, nem sempre, há momentos em que não dá, a seriedade do assunto se impõe.
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Contra a legalização
Há gente por aí que parece viver em outro mundo. Ignorando totalmente os males do tráfico e sem se preocupar com os prejuízos causados pelo consumo, pretende torná-lo legal. Essas pessoas parecem não se preocupar com o fato de que por sua causa quase 50 mil pessoas morrem por ano no Brasil e um número…
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Fronteiras
Quem defende os palestinos é antissemita? As duas coisas se confundem? Onde começa uma, onde termina a outra? O antissemitismo vem de muito longe, mas se acirrou no final do século XIX. Para isso, somou-se um conjunto de fatores, entre os quais o antiquíssimo preconceito religioso, que acusava os
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Sou mais O Boticário
Menina, quanto tempo? Nossa, dez anos já, né! Gente, você tá igualzinha, né, quer dizer tá mais magra, gente e esse cabelo maravilhoso, o que você faz pra ficar assim? Não deu tempo de pensar que era propaganda de um novo e revolucionário creme ou de um suplemento vitamínico, porque a resposta foi imediata: sei…
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O encontro entre o gigolô das palavras e P., 39 anos, louca para dar
Tenho tentado imaginar como seria o encontro entre o gigolô das palavras e P., 39 anos, louca para dar. Dar para quem sabe usar corretamente a crase. O gigolô reconhece que sempre foi péssimo em Português, vive às custas das palavras como um cáften profissional e se compraz em maltratá-las, delas exigindo submissão. Sobreviverá ao…
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Somalis e haitianos
Não é preciso ser marxista para compreender como a consciência das pessoas é influenciada (para não dizer determinada) pela economia. Isso pode ser percebido em diferentes planos, desde o individual até diferentes graus de coletividade, com sentimentos que podem ser de egoísmo e inveja ou solidariedade e cooperação.
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Plutocratizando
Um dos grandes problemas das democracias contemporâneas é estarem cada vez mais submetidas ao controle do poder econômico. O fenômeno há muito tempo transformou o parlamento dos Estados Unidos em um lugar oferecido unicamente aos ricos e caminho semelhante se desenha em outros lugares, entre eles o Brasil.
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Nunca reverenciar
Giulio Cesare Croce foi um escritor italiano do Século XVI, e o conheci num tempo que já vai remoto, quando a vontade de ler me fazia catar qualquer coisa que então pudesse achar em Bom Princípio. Quer dizer: não conheci Croce – a ele cheguei muito tempo depois, quando tentava resgatar esta história –, conheci…
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O ódio é de direita
Eu odeio a burguesia. Ouvi isso mais ou menos na época em que o Cazuza cantava enquanto houver burguesia não haverá poesia, mas fiquei chocado igual e nunca esqueci, afinal vinha de um cara gentil, amigo de todos e incapaz de fazer mal a uma mosca.
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Quase sérios
“Mas isso que tu disse é muito sério.” Foi a recriminação que ouvi quando, ao escrever Matemática aplicada, classifiquei o texto como quase sério. Bem, preciso me explicar. Quando pensei em fazer um blog, e me deparando com a possibilidade de classificar as postagens, quis fugir do fatídico cultura, economia, política, direito, etc. Pensei que…
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Colorindo
Fazer um blog é mudar um pouco cada dia e, para um semianalfabeto digital, um constante quebrar de cabeça. Descobri que coisas que funcionam num computador não funcionam em outro e, quando funcionam nos dois, não funcionam no celular. Além disso, a foto que sai no Chrome não sai no Explorer e sai em outro…
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O Senado, quem diria?
Desde sempre, o que significa desde que comecei a pensar política, tenho uma clara rejeição à existência do bicameralismo. Tão antiga é a ideia, já transformada numa espécie de patrimônio ideológico consolidado, que quase não lembro mais a razão de pensar assim; o certo é que penso. Tentando recordar os motivos, chego à minha convicção democrática…
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A historinha recontada
Era uma ação de guarda, com vários estudos sociais, com informações do serviço assistencial do Município, e sem muita perspectiva. A avó materna tinha consigo as três netas, porque os pais estavam presos, mas toda a boa vontade dela era insuficiente para dar conta do tamanho da tarefa, principalmente nas condições que a cercavam.
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As historinhas
Quando cheguei à Vara de Família do Partenon, me perguntaram se eu manteria a sala de audiências como estava. Fui ver: uma mesa oval, em torno da qual sentavam no mesmo plano juiz, promotora, defensores e partes; quadro negro na parede; brinquedos; revistinhas. Claro que mantive. A mesa e o quadro eram iniciativa do Roberto Arriada…
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Matemática aplicada
Quem tem filhos já ouviu a pergunta: “por que tenho que estudar isso, se nunca vou usar?” A pergunta faz sentido quando se estuda o aparelho digestivo dos moluscos, mas para qualquer um, até quem não gosta de matemática, é bom saber montar uma equação das mais simples, tipo a=b.c/d. Essas equações sempre nos serão…
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Quanto custa?
O “quanto custa?” me acompanha desde sempre, certamente por força de uma infância em que tudo tinha de ser bem contado para as coisas não faltarem. São aquelas marcas que, como impressões digitais, não se apagam e ficam indelevelmente grudadas na pessoa.
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A audiência de custódia foi terceirizada
Cena 1: Verônica Bolina é travesti. Domingo, dia 12, foi presa, após briga com uma vizinha. Algumas notícias mencionam tentativa de homicídio. Informam também que ela resistiu à prisão. Presa, foi posta na mesma cela em que estavam presos do sexo masculino. Novas informações dizem que ela causou perturbações e por isso um carcereiro decidiu…
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Galeano
Incrível: As veias abertas da América Latina fui um dos primeiros livros que comprei, carreguei pra cima e pra baixo, encadernei, emprestei, busquei de volta, perdi, achei, voltei a perder, achei de novo, mas nunca li, exceto parágrafos soltos quando eu o tirava do suvaco. Por outro lado, nunca esqueci de Vagamundo, que li em…
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A necessidade da reforma política
Há tempo pensava em escrever sobre reforma política, mas não achei o tom nem consegui imaginar um texto razoavelmente completo que não me exigisse mais que a hora e meia das minhas mensagens bissextas.
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Quantas emoções?
Respondam-me os físicos: quantas emoções cabem no mesmo lugar do espaço? Após oito anos longe de uma jurisdição normal, porque alternei três anos de plantão, mais três só com cadernetas de poupança e dois na Ajuris, cheguei ao fim da gestão em vias de preencher o direito à aposentadoria e pensando, quase em tom de…
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A redução da maioridade penal de Eduardo
A propósito da morte do menino Eduardo no Complexo do Alemão, é necessário registrar que a polícia do apartheid é uma realidade nacional: acontece no Rio, acontece em São Paulo, acontece na Bahia, onde em fevereiro, numa única operação, foram mortos doze jovens negros.
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Empresários: vítimas da corrupção?
As empreiteiras tentaram, e a tese não é absurda: foram vítimas de achaques e, se não pagassem propina, não sairiam os contratos, elas teriam enormes prejuízos, talvez até mesmo quebrassem. Forçando um pouco a barra, haveria, em relação a suas condutas, uma inexigibilidade de conduta diversa.