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Empresários: vítimas da corrupção?
As empreiteiras tentaram, e a tese não é absurda: foram vítimas de achaques e, se não pagassem propina, não sairiam os contratos, elas teriam enormes prejuízos, talvez até mesmo quebrassem. Forçando um pouco a barra, haveria, em relação a suas condutas, uma inexigibilidade de conduta diversa.
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Eles apenas comemoraram um gol
As tardes de domingo dos meus oito anos eu as passava grudado no rádio de válvula do meu pai. Joãozinho e Alcindo eram minhas alegrias, e muito vibrei com os tantos gols que faziam. Vibrei? Modo de dizer: eu permanecia impassível e era necessário que olhassem bem meu rosto para perceberem o sorriso.
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Triste aniversário
Não sou dos que compartilham daquela visão negativista do Brasil e dos brasileiros, postura que encerra em si uma contradição, porque traz implícito o entendimento de que o problema é com os outros e cada um dos que assim julga é imune às mazelas denunciadas. Além disso, ignora o fato de que este é o…
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Um dia de juiz
Tarde de audiências no Cível. 15 em 15 minutos de conciliações e justificações: há que aproveitar o tempo, que é curto para tantas ações. Fim de tarde: duas me acompanham para casa. Nem mais nem menos importantes, mas me acompanham.
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Duas perguntas sobre corrupção
1) Sabemos bem que, pela Lei da Improbidade, empresas envolvidas em corrupção devem ser proibidas de contratar com o Poder Público. Sabemos também que as grandes empreiteiras representam parte significativa do PIB, tendo inclusive importantes contratos internacionais. Dão muitos empregos e são fonte de divisas. Representam parcela significativa do PIB. Além disso, sobrevivem em grande…