Ironia é bom. Mas pode ser ruim. Quer dizer: oferece riscos.
Você já imaginou um mundo sem ironia, que chato?
Pois, embora algumas pessoas me achem sisudo, eu gosto de usar. Claro, nem sempre, há momentos em que não dá, a seriedade do assunto se impõe.
Mas quem se dispõe a fazer uso dela precisa estar preparado, porque sempre haverá quem te tome ao pé da letra, e aí é um desastre. De qualquer maneira, você precisa estar pronto para dar explicações, como darei agora.
Na verdade, foi calculado, eu sabia que haveria quem não fosse entender. Mas não pude resistir à brincadeira, a começar pelo linguajar de um conservadorismo provocativo.
E deu certo: até meus 18 leitores, que me conhecem e sabem como penso, chegaram sobressaltados à última frase. Imagine então quem não me conhece e leu por acidente. Ou então quem só leu o título, quem leu distraído, quem não chegou à última frase ou a leu sem perceber que o assunto era outro.
Bem, já estou me preparando para ouvir: é isso aí, Pio, tem que botar esses maconheiros na cadeia.
Mas antes, a quem por acaso veja o que agora escrevo, sugiro ler de novo a última frase, para entender a minha posição contra a legalização.
Moral da história: a ironia é uma arma, mas também pode ser uma droga. Ou vice-versa.
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